12 de janeiro de 2011

A CRISE ATUAL DA IGREJA EVANGÉLICA

A Igreja Evangélica passa por uma crise de liderança, de identidade e de vocação. A maioria de seus líderes, não sabem onde quer chegar e seus fiéis estão confusos acerca de sua natureza essencial, de seu papel  no mundo e na história que clama pela intervenção da igreja.

Diante desses fatos atuais que são visíveis, quero clamar por intervenção divina, eu quero também como Igreja ouvir a frase que está em todo capitulo de Apocalipse 3: "CONHEÇO AS TUAS OBRAS". Essa frase foi direcionada a todas as Igrejas da Ásia menor pelo ESPÍRITO SANTO. Hoje precisamos ouvir sim, afim de que possamos enfrentar nossas crises e rever nossos comportamentos diante das crises e de nossos pecados.

                             COMPORTAMENTOS DIANTE DA CRISE

Comportamento Apocalíptico - Há aqueles que pregam a ruína e o desmoronamento da Igreja. Acham que suas bases estão mofadas e não há como regatar suas forças e integridade. São os profetas da destruição, gente que não enxerga o potencial do nosso povo. Gente que só aparece para criticar em tom escatológico, mas não arregaça as mangas para se envolver na solução das mudanças necessárias.

Comportamento Engessado -  Há aqueles saudosistas inveterados que se lambuzam do passado com base numa tradição litúrgico-educacional. Gente que não suportando a secularização crescente na Igreja, busca refúgio no ontem fossilizado. Se o passado teve a sua importância, nem tudo dele é relevante para hoje.

Comportamento Ecumenista - Há aqueles que defendem a federalização espiritual de todas as religiões, pois dizem eles, todos buscam um só DEUS por caminhos diferentes. Ainda que eu seja a favor de uma reflexão comum em pontos de divergência, não posso fechar os olhos a enormes buracos que distanciam significativa e essencialmente as religiões. Há diferenças que ferem frontalmente princípios bíblicos invioláveis. Embora eu não acredito que a fé seja propriedade exclusiva dos evangélicos.

Comportamento Afrouxado - Há aqueles que diante da crise da igreja, pregam e vivem uma liberdade que beira a libertinagem. Toda repressão sufocada do modelo tradicional de ser "crente", salta para um estilo de viver marcado pelas paixões, na busca de prazeres, numa conduta, muitas vezes, pior do que  a de alguém que nunca fez profissão de fé e Cristo. Decorre então uma fragilização da disciplina espiritual, a oração, a meditação da palavra e o pisoteamento dos valores bíblicos e eclesiásticos que nos custou muito caro preservar ao longo da história da Igreja. Não pregamos não um farisaísmo moderno ou uma moral fabricada no quintal dos templos, mas somos contra todo afrouxamento que distorce o sentido da verdadeira liberdade em JESUS CRISTO.

Comportamento Responsável - Felizmente há aqueles, muito poucos, que são comprometidos com a Igreja, apesar de sua crise. Assumem uma postura crítica mas não se desmancham em crítica, não profetizam o destroçamento dela.Gente que não joga fora o passado, mas não o invoca cegamente, que tem os olhos no presente mas não se conforma com o presente estado de coisas (Rm. 12:2), que olha para o futuro com esperança, coragem, criatividade e compromisso com o Reino de DEUS.

Precisamos que mais pessoas na Igreja unam ao grupo desses comprometidos. A Igreja necessita de revitalização, visão ampla e atuação relevante na sociedade. Isso só poderá acontecer se a liderança dirigir nosso povo ao conteúdo de II Crônicas 7:14.

"Se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos. Então eu ouvirei do céu, perdoarei o seu pecado e sararei a sua terra".



Parte extraída - IBE.