11 de outubro de 2011

A ENFERMIDADE E O PECADO.



O sofrimento e as enfermidades é uma experiência humana com diversas causas e estão intimamente ligados com as questões da natureza e com a origem do próprio mal. É um dos resultados do pecado do homem em toda sua historia, o sofrimento por motivo de enfermidade não está ligado diretamente com o meu pecado hoje, embora pelo relato da queda do homem no livro Genesis a enfermidade esteja diretamente ligada (Gn 3:1-7). 

Ali fica bem claro, que imediatamente o homem conheceu a insegurança, o temor e a dor. Aqui “ITSAVON” é a palavra traduzida por “DORES” e depois vem às angústias humanas frutos de ações pecaminosas e desobediência aos padrões estabelecidos pelo próprio Deus, o homem dificilmente admitiu o julgamento divino sobre sua vida no descumprimento da vontade de Deus, embora esse julgamento seja justo (Gn 4:13).

Surge aí o sofrimento, o remorso, a perda, a decepção e o ódio, questões que são resolvidas no campo mental do homem, tornando as coisas mais complexas e refletindo no corpo suas enfermidades físicas, deixando a carne fraca e doente, Embora as nações que obedeciam a Deus em geral recebiam a promessa de ficar livres das enfermidades, por outro lado a doença e a pestilência eram julgamentos penosos sobre esse mesmo povo (Ex 15:25, 26; Lv 26:14-16; Dt 7:15).

O pecado de Davi envolveu outros na aflição (2Sm 24:15-17), em sua totalidade o sofrimento humano proveniente da doença ou de qualquer outra coisa é o efeito sobre o individuo da enfermidade espiritual da sociedade humana da qual ele faz parte integral. 

Quando as Escrituras afirmam que Cristo tomou sobre si nossas enfermidades, Ele carregou sobre si na cruz nossas transgressões, nossos pecados. As nossas enfermidades espirituais. Cristo nos deixa livre de culpa e o perdão dos nossos pecados foram GARANTIDOS na obra redentora de Cristo na cruz, diferentemente das nossas enfermidades físicas que não foram GARANTIDAS assim com o perdão dos pecados foram GARANTIDOS nessa obra redentora. (Heb 9:28; 1Pe 2:24), porem Deus é soberano e absoluto e na pessoa de Jesus Cristo Ele pode escolher curar nossas enfermidades ou não, o que devemos é continuar a viver nossa vida com fé real entendendo sua vontade e propósito, glorificando a Deus até em seus sofrimentos. 

Em muitos casos o sofrimento é usado construtivamente (Heb 12:6-11), como no caso de Jacó que depois de uma injúria física infligida aprendeu a depender de Deus e amadureceu espiritualmente a ponto de poder cumprir seu novo nome de ISRAEL (Gn 32:24-32), a enfermidade de Ezequias demonstrou sua fé em Deus, o livro de Jó mostra que a questão real é a relação do homem para com Deus e não tanto sua atitude para com seu próprio sofrimento, esse relato nos mostra um sublime quadro de Jó “consolado” por Deus e sendo abençoado. 

Todo e verdadeiro crente identificado com Cristo deve esperar compartilhar do seu sofrimento de algum modo, sendo unido com Ele receberá o conforto divino que é a “consolação” que pra mim é um estado de “Graça Plena”, embora muitos que estão em sofrimento não se sentem consolados por Deus, isso é perigoso. Falta-lhe algo! Essa experiência é para o bem comum do “corpo”. O auxilio divino em nossas aflições são para podermos confortar as aflições de outros, tornando eficaz o nosso conforto, afim de não confiar em nós mesmo, mas sim em Deus que ressuscita mortos (2Cor 1:1-8).

Certos tratamentos de enfermidades nos tempos bíblicos podem ser descrita como terapia, como aplicações locais com óleos e bálsamos (Jr 46:11; 51:8), pasta de figos era usada para curar úlceras (Is 38:21). Na passagem do bom samaritano ele usou azeite e vinho como tratamento local (Lc 10:34) e houve também casos incuráveis como a mulher de fluxo de sangue (Mc 5:26), o caso de Mefibosete (2Sm 4:4), o cego de nascença, o coxo e tantos outros. 

No AT mesmo que meios médicos fossem empregados a recuperação da saúde era geralmente atribuída a intervenção de Deus, essas curas naturais e milagrosas se deu em grande numero por causa da ineficácia da terapia dos tempos antigos. 

A palavra médico é raramente empregada e atualmente é chamada de “DOUTOR” que vem do Hebraico “RAFA” (Ex 15:26) e no Grego “IATROS” (Lc 8:43), muitos desses eram possivelmente pagãos e feiticeiros, mas no NT os médicos são mencionados por Jesus Cristo (Lc 4:23; 5:31) e são também mencionados na doença da mulher do fluxo de sangue e Lucas é chamado por Paulo de o médico amado (Cl 4:14). 

Os casos de enfermidades entre os crentes nos tempos apostólicos são mencionados, o fato é que essas enfermidades ocorreram e indicam que a comissão apostólica para curar, não poderia ser usada indiscriminadamente para manter a si mesmo e seus irmãos na fé livres de doenças. Timóteo tinha alguma dificuldade gástrica (1Tm 5:23), Trofino adoeceu demais para poder acompanhar Paulo (2Tm 4:20) e a mais notável de todas as enfermidades: O “espinho na carne” de Paulo que ainda não se tem nenhum diagnostico conclusivo (2Cor 12:7-10). O interessante é que ele próprio apresenta três motivos para tal enfermidade:

1 - Para manter seus pés no chão (v. 7).
2 - Para capacitá-lo a ser espiritualmente poderoso (v. 9).
3 - Como um serviço pessoal de Cristo. Por amor a Cristo (v. 10).  

Portanto meu amado irmão fique certo que o sofrimento durante nossa vida não pode ser comparado, de modo nenhum com a gloria que nos será revelada no futuro.


Amem!


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B.L.H.
N.D.B.  J. D. Douglas.